Se por um lado a PSP deixa abusar a bom abusar do estacionamento aos fins de semana por notória falta de estacionamentos periféricos com apoio de transportes urbanos a toda a hora, por outro lado, não o devia deixar fazer. Não se respeitam as passadeiras, os sinais de trânsito, os passeios, os peões que somos todos nós, onde todo e qualquer tipo de estacionamento é permitido, para depois, num repente sem critério algum além da vontade de quem decide e chefia homens, muitas vezes mal preparados e eles próprios com poder de decisão sem critério definido, puxarem das pastas e desatarem a multar os infractores dos abusivos estacionamentos que, ontem até eram permitidos, apesar das leis do código da estrada, e hoje, assim de repente, deixaram de ser porque se tem de cumprir com o código da estrada e o critério, ontem, inaplicável, hoje, é aplicável porque vem nas normas estabelecidas.
Como se pode ver nas imagens, no Domingo o estacionamento na zona Norte da Nazaré estava péssimo, selvagem até! Os passeios eram o melhor sítio para parquear viaturas, os sinais de trânsito não interessavam para nada e as passadeiras (?), cagavam-se nelas! Não vi um único agente da PSP a colocar alguma ordem no caos. Mas vi cinco “fardas”, imigrantes de Leiria incluídos, com as mãos nos bolsos à porta da esquadra a apreciar as meninas que passavam e uma viatura azul e branca com a lotação esgotada, toda a tarde às voltas pela marginal, onde os ocupantes se distraiam a “ver as vistas!”
No dia seguinte, nem parecia que estávamos na mesma localidade. Apesar de uns “abusadores de ocasião”, até se podia circular “à pata” pelos passeios e atravessar nas passadeiras sem grandes problemas de acesso às mesmas. Ainda assim consegui encontrar algumas, diga-se, muitas excepções, que vêm confirmar a regra. E esta regra, não é mais que uma constatação de factos: Ao fim de semana “tá a palecada acamada!”; durante a semana, nada. E, mesmo aqueles que vêm à praia, fazem-no apenas com esse intuito. Permanecem durante o dia, trazem tudo e mais alguma coisa, como se viessem para ficar por quinze dias. Quando o “Sunset Beach” atinge o auge, é hora de agarrar na família, na tralha toda, pegar na viatura e “bazar”, porque a auto-estrada transforma o longe em perto e, apesar de cara, até fica mais barata que uma casa alugada ou que uns chambres para meia dúzia de dias.