Mercado não quer veado - tudo bem explicado com a ajuda de alguns links adicionais. Mas, há sempre uma solução, neste caso duas como apontou o Carlos Filipe na edição de Domingo passado do "Vai Ó Mar Tonhe!": Aproveita-se a população em excesso daqueles animais para se fazer a reconstituição do milagre de Nª Srª da Nazaré nos fins de semana de Agosto, com o pessoal cá em baixo a bater palmas e tal; e alugar alguns indivíduos daquela população para puxar o trenó do Pai Natal da vila Natal em Óbidos. Assim, não só diminuía a população em excesso como colocavam a trabalhar alguns veados para a despesa do estábulo.
A Companha do Tonhe, agora que está prestes a terminar a segunda série de fainas mas já com a terceira série à vista, resolveu construir uma nova Cabana para guardar os apetrechos da pescaria. Pode fazer uma visita à nova Cabana, pois, com certeza irá ser bem recebido. A morada é em vaiomartonhe.blogspot.com
Na edição desta semana do Vai Ó Mar Tonhe[1], abordámos uma recente preocupação do executivo autárquico com o futuro do ensino no Externato D. Fuas Roupinho, veiculada por artigo[2] no site da Câmara Municipal.
Sendo temática em tudo relacionada com a "Estratégia Autárquica para o Conhecimento", vale a pena recordar uma abordagem (demasiado) sucinta que já tinha feito a este tema aqui no gargol.
Artigo original em inglês: "Far-fetched or just plain poorly written? Both, I think."[3]
Segue versão mais longa, com todas as variáveis descodificadas e em português:
Rebuscado ou simplesmente mal-escrito? Ambos, parece-me...
A citação é: "Quanto mais conhecedora, formada e informada for uma comunidade melhor estará do ponto de vista social e com maior vantagem competitiva actuará do ponto de vista económico, criando condições para maior apetência para conhecer mais."[4]
Digamos que é uma frase rebuscada:
Se aumentar o nivel de conhecimento da comunidade (knowledglablecommunity++) então aumentará a vantagem social (socialedge++) e aumentará também a vantagem económica (economicedge++).
Por outro lado ainda, temos que a soma das vantagens económicas com as vantagens sociais (socialedge . economicedge) implica (=>) um aumento do nivel de conhecimento da comunidade (knowledglablecommunity++).
Portanto, a gigantesca frase “Quanto mais conhecedora...para conhecer mais” traduz na realidade um ciclo infinito:
Uma frase que oferece um método infalível de obtenção de um nivel de conhecimento da comunidade infinito falha à partida pois omite dois dados essenciais:
o aumento do nível de conhecimento da comunidade implica um custo financeiro de investimento (€k++), seja escolas, formação, tecnologia, etc...
as vantagens económica e social trazem por si próprias uma receita para a comunidade (€e++)
Logo surgem varios cenarios...
O que acontece se as receitas para a comunidade (€e++) forem inferiores ao investimento necessário no nível de conhecimento da comunidade (€k++)?
Entraremos numa espiral financeira negativa que nos possa levar a 30 milhoes de passivo?
Só podemos interpretar a frase como rebuscada e especulativa.
Digamos que é uma frase mal escrita:
Tanto conteúdo numa única frase só pode ter desvantagens. Basta olharmos para o ultimo grupo de palavras “para maior apetência para conhecer mais” e já não soa bem.
Para piorar a situação, este ultimo grupo está acoplado a um outro grupo de palavras denso e confuso. Tudo numa só frase. Mau, se se deseja objectividade e legibilidade.
Conclusões
A publicação e divulgação de propaganda eleitoral de uma estratégia autárquica em áreas como a do conhecimento nao passa incólume. É demasiado importante para tal.
Na 10ª edição do “Vai Ó Mar Tonhe!”, a uma semana das eleições presidenciais, como não podia deixar de ser teríamos de abordar esse tema – era o assunto agendado para o tema Nacional. Mas, entretanto, teríamos de falar sobre o tema local. A "companha" teve algumas dificuldades em escolher o assunto para o tema local a tratar nesta edição. Surgiram algumas dúvidas entre: A mudança de sítio do posto de turismo do edifício a que estávamos habituados na marginal norte para o Centro Cultural da Nazaré na marginal sul; e, os safaris que em breve vamos assistir em plena vila da Nazaré. Os seus protagonistas serão os funcionários da Câmara Municipal designados para estas caçadas e os canídeos e felídeos que por aí se passeiam. A companha optou pelo primeiro tema – Mudança do posto de turismo - , porque o documento para os safarisainda não foi aprovado em reunião de câmara. Com a "combatividade" que hoje existe nas reuniões da câmara, prevê-se que o desfecho seja, como todos devem calcular, uma aprovação por unanimidade, a muito custo!
Não foi por acaso que os temas escolhidos para a edição experimental (24.Out.10) do "Vai Ó Mar Tonhe!", um programa de debate de opinião aos Domingos das 19h às 20h na Rádio Nazaré, foram "aqueles". Aos três elementos do painel - José Monteiro, Carlos Filipe e André Chicharro -, e apresentador do programa - Nelson Almeida -, cabe a escolha, um tema a cada um.
Se a variante à EN242 e suas rotundas, especialmente a rotunda do Rio Novo, é um tema actualíssimo na vida local Nazarena, já o plano de austeridade, domina a cena política nacional, ao qual juntamos a problemática da greve geral que por aí vem como uma locomotiva desgovernada que a todos vai afectar no seu quotidiano. Aliás, não mais que o próprio plano de austeridade! A este tema ligou-se um outro que, directamente, está relacionado, tratando-se da despesa pública praticada pelas autarquias e pelo próprio governo, onde uma lei especial permite ajustes directos em vez da normal consulta pública às empresas.
Outro tema abordado no programa foi a questão da privacidade que o Google Street View veio colocar a todos os que foram apanhados pelos fotogramas captados nas ruas das mais variadas localidades e estradas. Mas não só. As matriculas dos automóveis (mais tarde desfocadas), as fachadas das habitações, as próprias pessoas nas mais variadas situações, que à passagem do veículo da Google ficaram registadas e disponíveis a partir de qualquer ligação à internet em qualquer parte do mundo. Por acaso, na edição de Segunda-feira, 25, do jornal "i", mencionava nova notícia sobre este tema - "O organismo britânico que regula a privacidade reabriu o processo contra a Google, colocando esta empresa debaixo de fogo". E, por falar no "i", não é de todo descabido dizer que na secção Zoom// do mesmo os "Ajustes directos [são] aos milhões", tema este, também, abordado no "Vai Ó Mar Tonhe!" pelo painel que o compõe, como atrás foi frisado. Em suma, apesar dos pequenos ajustes que teremos de fazer, tanto a nível técnico, como a outros níveis, podemos dizer que para uma edição experimental até correu muito bem.