Sim, sou anti-acordo ortográfico – #AO90 –, pelo menos até não poder lutar mais contra ele da forma mais simples que me é permitida: Assino, tal como muitos milhares de pessoas, os documentos e petições de luta contra esse acordo imposto por alguns e sem explicação válida além dos motivos económicos – e mesmo esses duvidosos – e não por motivos culturais, já que esses não existem, e que, descaracteriza a forma de escrever algumas – muitas – palavras, influenciando em algumas – muitas – vezes o próprio sentido das frases e aquilo que se pretende dizer e escrever; Escrevendo conforme aprendi na escola, sem esta treta de acordo que só veio trazer confusão e gastos desnecessários, além de afectar a própria língua portuguesa, é outra das formas que me é dada para lutar contra esta vontade de outros, porque ainda vivo num país livre, embora daqui a algum tempo passe a ter um texto completamente sublinhado a vermelho. É pena. Mais nenhum país europeu se despiu da sua forma de escrever para agradar a países de outros continentes que utilizassem “a mesma” língua e escrita. Claro que sou a favor de algumas alterações – ligeiras – de modo a facilitar a maneira de escrever até por haver regras que não fazem muito sentido, mas não o sentido do que se escreve, ou como atrás disse, o sentido da própria língua. O português (de Portugal, como o google e outros gigantes da internet fazem questão de diferenciar!) não é uma língua morta, algumas pequenas alterações até são bem-vindas, mas não este atentado que estão a fazer; ela está viva e bem viva, apesar de ter 800 anos, recomenda-se, embora muitas a queiram moribunda e subjugada a dialectos que, mesmo dominantes por serem a grande maioria a utilizá-los, fazem uso dela de forma obtusa, tanto na escrita como fala. Têm direito a fazê-lo. Nós também temos o direito a usá-la como queremos, isto é – bem –, à nossa maneira! Isto é diversidade cultural. Os vários tipos de português podem e devem existir por forma a enriquecer o mundo da lusofonia pela diversidade cultural que a nossa língua têm, a quarta mais falada a nível mundial. Lutem contra este péssimo acordo, não esquecendo que a língua é o primeiro elemento do património cultural de um país.