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gargolado por westnelson, em 15.04.14 às 23:34 link do gargol | favorito

Por estes dias já não somos indivíduos com os nomes que nos deram  e que, apesar dos esforços, tentam distinguir-nos uns dos outros por essa via. Por estes dias, por mais que se tente o contrário, o que interessa mesmo são os números que representamos – em num€rário – e para o qual nos identificam com mais números. E, aquele que mais vai importando sobre todos os outros, inclusivamente sobre o número de utente, sobre o número da segurança social ou de identificação civil, é, sem sombra de dúvida o NIF – número de identificação fiscal: o corriqueiro, número de contribuinte.

Utopia, ou não, o dia pelo qual nos vamos voltar a tornar conhecidos aos olhos uns dos outros pelos nossos nomes, há-de estar algures escondido no horizonte longínquo de uma era vindoura numa sociedade utopicamente esperada.

 

 

"Deixámos de ser cidadãos, passámos a ser números. E o grave é que não nos importamos com isso".

Sanches Osório em entrevista ao jornal i 


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gargolado por westnelson, em 20.05.13 às 10:57 link do gargol | favorito

Tendo em conta isto, acho que fico legitimado,caso ainda não estivesse, assim como toda a gente, para ter escrito isto. Uma autêntica roubalheira. Onde é que já se viu uma coisa destas - Trabalhar até dia 4 de Junho para se poder pagar todos os impostos. Mais de cinco meses (a notícia erradamente diz mais de seis - são exactamente 155 dias) só para encher o bandulho ao Coelho & Cia. Sim, eu sei que é redutor ver tudo isto desta forma tão simplista, mas também no governo onde deviam ver gente que tem de comer, trabalhar, criar as suas crianças e educá-las, deslocar-se, enfim viver numa economia que produza riqueza, só conseguem ver números. Para ""eles" somos apenas máquinas de pagar impostos, o resto não importa. Também nós, um dia destes havemos de decidir que "eles" não nos interessam mais. Devia ser já hoje!


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gargolado por westnelson, em 18.05.13 às 16:26 link do gargol | favorito

À exactamente 5 anos o Portas dizia isto - e eu até concordava. Mas, gostava de o ouvir agora sobre as políticas do seu governo que apenas olha as finanças, relegando a economia para segundo ou terceiro plano. Diga, diga lá senhor Portas - tem a palavra. Sim, eu sei que você não é compatível com algumas das medidas tomadas ultimamente. Assuma isso e deixe o Coelho e o Gaspar a pastarem sozinhos. Assuma-se de uma vez. É mais forte do que tudo o resto, não é?! Pois, já sabíamos. Contudo, espero que ainda se arrependa e faça o que tem de ser feito. Um país não são só números, também são as pessoas, a sua vida condigna, a saúde, a educação, as empresas, os transportes, enfim, um país é composto por tanta coisa e se não funcionar como um todo, a tal economia que o sustenta, também não pode haver um fisco saudável e sustentado pela mesma, sob pena de se extinguir no próprio processo de aniquilação da economia praticada com o seu apoio a este governo ultraliberal do qual faz parte. Não seja hipócrita e assuma-se de uma vez contra estas políticas baseadas no fiskojacking, ou seja, nos assaltos que nos estão a fazer diariamente.