A partir de hoje, está patente ao público no Centro Cultural da Nazaré, e até ao próximo dia 8 de Fevereiro, uma exposição que visa a comemoração do bicentenário das Invasões Francesas cujo tema é “A Resistência Popular nas Invasões Francesas e a Importância do Forte de S. Miguel no Imaginário Colectivo”.
Agora pergunto eu, se com tanto apoio a Liga dos Amigos da Nazaré e Câmara Municipal da Nazaré já terão força, não só para fazer uma exposição como, para tentar salvar o nosso património, neste caso o Forte de S. Miguel Arcanjo, devotado ao abandono por parte do tutor oficial, a Capitania do Porto da Nazaré, ou melhor, despromovido a armazém de lixeira resultante das apreensões por parte das acções da polícia marítima? Mas não é só. O próprio monumento está no descalabro completo. As obras feitas já há algum tempo não beneficiaram em nada o forte, descaracterizando-o. Mais recentemente, a queda de pedras da fachada frontal à direita da porta principal, portanto, virada para a estrada, é notória. Até já há quem tenha uma colecção daquelas pedras em casa – talvez num futuro não muito longínquo elas venham a valer uma pequena fortuna – dizem!
Porque não aproveitam, não a inércia demonstrada até agora por parte de todos os agentes que deveriam estar envolvidos, mas, a embalagem e a temática importante desta exposição para fazer valer os valores da preservação do nosso património. Sim, fazer exposições é muito importante mas as acções no terreno são-no ainda mais. Agora que se fala tanto da Marca Nazaré, era importante recuperar o forte, elemento importante na fisionomia da paisagem da Nazaré. É que não tenham dúvidas, se nada se fizer em breve o forte um dia destes passa mesmo, literalmente, a fazer parte do imaginário colectivo de uma população.