Um Vídeo "Nazaré TV"
Exposição "Rostos de Mar e de Vida" da responsabilidade do Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré vai estar patente no Centro Cultural da Nazaré de 1 a 25 de Abril de 2010.
Como é possível a Câmara Municipal da Nazaré enviar o “3º NazaMexe - Happening Cultural” para o parque de estacionamento do Porto de Abrigo com se estivesse a enviar uma encomenda hermeticamente fechada por conter material altamente inflamável para o Burkina Fasso?
A organização que, aceitou, e bem, colocou tanto essa como outras propostas na mesa, que ao que parece, não foram aceites pela CMN.
Apesar do concelho da Nazaré não se limitar ao areal e à marginal , duma coisa estou convicto, um evento destes devia ser realizado mesmo na praia, na marginal em frente da Av. Vieira Guimarães, na pior das hipóteses em frente do Centro Cultural. Isto soa a um autêntico “tomem lá autorização, não chateiem mais e vão lá para cascos de rolha [para não ser pior], onde ninguém vos pode ouvir, onde não vão poder incomodar ninguém”, isto apesar de ser uma das propostas da organização. Até podiam ter apresentado como proposta o "Rio de longe". E se a CMN disponibilizasse esse local? Eu posso apresentar meia dúzia de propostas para determinado acontecimento, por ter de o fazer, e, gostar apenas de dois!
Se por um lado os jovens e todos aqueles que gostam destes eventos, em que o comercio nocturno, mas não só, poderia tirar proveito, pois tratasse de um festival, de uma festa que, poderá crescer e colocar a Nazaré no calendário dos festivais de verão a médio prazo, embora dentro de certos limites com tudo o que traria de bom para a terra, por outro lado, a CMN tenta agradar aos mais conservadores, aos que por qualquer motivo não gostam destes eventos, esquecendo-se que nestes casos não pode haver o meio termo. Ou a Nazaré evolui no sentido natural daquilo que tem vindo a acontecer com a espectacular passagem de Ano e com o Carnaval, ou se retira do mapa turístico, tal como está agora, no meio termo, onde por um lado se quer ter tudo durante o dia e nada durante a noite. Nestes casos temos de optar e escolher o que se quer para a Nazaré. Uma praia de sossego com uma noite calma, o que não deixa de ser um contra-senso, ou se uma praia jovial que dê para todos, mas que segure o grosso do turismo também durante a noite. Acho que a Nazaré só tem a ganhar em ter muitos e bons eventos e com uma praia tão grande… mas não no parque de estacionamento do porto de Abrigo?! Quem vai lucrar com isto são as relotes das bifanas e dos cachorros, porque os bares da “praia” ficam a ver navios, ou então o espectáculo musical, às moscas!
3º NazaMexe - Happening Cultural
Espectáculo musical com: |
p.s.: Este post foi reeditado após o primeiro comentário e resposta ao mesmo
A palestra desse final de tarde, de tão intimista, tornou-se numa agradável conversa, mais tarde, apenas entre cinco, depois quatro pessoas [já na rua]. Quero deixar aqui o meu agradecimento ao Dr. Jorge Lopes, director da biblioteca – pela oportunidade –, ao Dr. Carlos Batista, antropólogo – pelo abandono da minha quase total ignorância naquela matéria, sobre gente do mar, que me fascinou – e, a José Miguel Neto, Comandante do Porto da Capitania da Nazaré – pela disponibilidade e prontidão com que me explicou alguns assuntos referentes a outras problemáticas que, partindo do assunto inicial [farol da Nazaré – Forte de S. Miguel Arcanjo] se alongou por outros domínios referentes à Nazaré, sempre no âmbito da sua esfera de acção. Obrigado a todos.
Vem o post anterior a propósito da palestra sobre os faróis que teve lugar na passada terça-feira, 19 de Maio de 2009, pelas 18 horas, no auditório da biblioteca municipal da Nazaré com uma capacidade para quase uma centena de pessoas, evento que se realizou no âmbito da inauguração da exposição sobre o “Farol” e onde estiveram presentes seis pessoas, 7 % da capacidade do auditório. O antropólogo, Dr. Carlos Batista (Geota/leaderoeste) foi o orador, tendo como base de discurso o seu livro “Guardiães do litoral oeste” onde abordou o tema “faróis” sob o ponto de vista humano, de quem neles trabalhava e habitava. Uma abordagem mais desconhecida do que se possa imaginar à primeira vista, mesmo para aqueles que, de alguma forma, estão ligadas às coisas do mar. Aliás, como o próprio disse a certa altura daquela [quase] conversa entre amigos que durou mais de duas horas, tendo-se arrastado até à rua e já depois do fecho da biblioteca, os faróis mesmo automatizados e sem a funcionalidade útil que tinham, muito devido à evolução da tecnologia hoje usada, continuam a ser um forte componente marítimo com elevada carga simbólica de tão acolhedor que é para as gentes do mar, além de encerrarem um certo misticismo.
Depois de se ter um espaço como a da biblioteca municipal da Nazaré, onde, e muito bem, têm acontecido inúmeros eventos culturais, a autarquia não se pode dar ao luxo de continuar a agir como se a biblioteca existisse apenas, e porque tem um excelente auditório, para conferências e reuniões mais ou menos informais, entre outros eventos que, sendo necessários, podiam ou não ser realizados naquele espaço. E ainda bem que o são. Tiram partido de um equipamento de bom nivel, com uma boa acessibilidade e de fácil estacionamento. O problema é que a divulgação dos eventos verdadeiramente culturais são feitos de maneira deficiente. Não basta fazer uns desdobráveis e uns cartazes para fixa-los no próprio local do evento. Há que dinamizar a divulgação dos eventos culturais, fazendo tudo isso e muito mais. A divulgação deve ser feita, não só local do evento, mas também nos bares, no comércio em geral, nas escolas, na rádio Nazaré [de outra forma, porque não bastam duas vezes por dia, e “quando o rei faz anos”]. Já se pode solicitar no site da autarquia, gratuitamente, os avisos dos eventos por sms. Isto é excelente. Só recebe quem quer por meio de solicitação. Mas, até aqui há aspectos a serem melhorados. Por exemplo, recebi as sms´s de todos os eventos do mês de Maio ainda em Abril. Errado. Caíram em catadupa uma dúzia de sms’s com os eventos tanto do dia 1 como do dia 31. Isto faz com que as pessoas se esqueçam de algumas datas. As sms’s deviam ser enviadas com uns dias de antecedência em relação ao evento em causa e não a granel para o mês completo e com o timing desajustado. As alterações de datas e cancelamentos, que existiram, não foram contemplados através de sms. Deviam ser!
O blogue da defesa do Património Cultural e do Desenvolvimento Sustentado da Nazaré, apresenta, o debate sobre o Caminho Real da Pederneira e o Desenvolvimento sustentado da Nazaré, no próximo dia 9 de Maio no Mar-Alto, Nazaré, com a presença de especialistas nacionais de diversos domínios - História, História de Arte, Arqueologia, Turismo Cultural, Geografia do Turismo, Sustentabilidade e Política Cultural.
A sessão da manhã será presidida pelo Prof. Vitor Serrão (FLUL) e a da tarde será moderada pelo Prof. Pedro Gomes Barbosa (FLUL).
Um debate, a que ninguém irá ficar indiferente, sobre o valor da nossa herança cultural e a construção do futuro da Nazaré. A entrada é livre.
[Via Património Cultural da Nazaré]
PDF dos pareceres sobre a classificação do Caminho Real da Pederneira (Nazaré) como património Cultural construído de relevância Nacional