Pré-flop:
Tudo se resume a uma mesa de poker “Hold’em” onde as cartas acabaram de ser distribuídas. Neste momento estamos no “pré-flop” e todos os jogadores têm duas “hole cards”. Dois deles, fizeram as “blinds” obrigatórias – a “small blind” e a “big blind”, respectivamente – e esperam, agora, que os restantes façam as suas apostas mediante as suas duas “poket cards”. Contudo, está difícil para um deles e, provavelmente, vai dar “fold” antes mesmo de fazer qualquer aposta, tudo porque a mão é tão fraca que nem sequer vale a pena apostar o que quer que seja, provavelmente nem mesmo um bluf vai arriscar – simplesmente não vale a pena.
Ponto da situação: Feitas as contas, as “blinds” obrigatórias mais duas apostas estão no pote, 4 no total, todas partidárias, onde tanto a terceira posição como a quarta deram “call” ao “big blind” obrigatório da segunda posição nesta mão, mostrando alguma fraqueza, pouco jogo de cintura e eventualmente demonstrando quão fracas são as suas mãos, jogando apenas para ver o que vai dar o flop. Até aqui nada de novo, tudo na mesma a fazer lembrar outras mãos em outros tantos embates que deram em nada para aqueles “players”; Os duas seguintes posições fizeram “raise” e “re-raise”, respectivamente, mesmo sem quererem ver as suas duas “poket cards” não sabendo, assim, qual o jogo com que contam em mãos, elevando o pote e consequentemente o valor das apostas para um patamar que tira praticamente o tapete à sétima e última posição na mesa, mesmo estando no botão do Dealer, a melhor posição para apostar mediante a acção dos outros e até poder fazer um big bluff. O problema é que o pote ficou tão alto que o melhor é ir com tudo, o chamado “All-in”... ou dar “fold” e abandonar a mão. Acontece que a sua “stack” neste momento é inferior ao pote entretanto formado e isso é um problema para esse jogador.
Análise aos “players” na 5ª (o Hi-Jack neste caso) e na 6ª posição (o Cut-Off nesta mesa de “mind- players”) – A saber: um é obstinado e diz que é independente, mas é mais dependente do que qualquer outro; e, o outro diz, agora, ser da Terra mas anda no mundo da lua, e com um ego tão grande que só pode ter outros hábitos – que, apesar de tentar ocultar, são por demais evidentes – , cultivou, ainda, raízes profundas para se poder segurar sem cair, mesmo fazendo um sem número de acrobacias dorsais, jornalísticas e publicitárias, criticando tudo o que ainda recentemente ajudou a (des)construir.
O tal último “player” sentou-se à mesa do jogo ainda com o cheiro da caldeirada à nazarena de um restaurante qualquer mas, mesmo estando no “botão”, o melhor lugar desta mão, o último a falar e melhor observar os adversários, não tem a sabedoria suficiente para se mostrar com segurança e o saber necessário. O objectivo destes dois “raises” está mais que claro: ninguém faz um “raise” e um “re-Raise” no “pré-flop” sem querer ver as suas duas “poket cards”, isso mesmo, nem sequer as viraram para as poder observar e partem do princípio que têm uma “mão monstruosa” – obstinação, inconsciência, qualquer coisa à volta disto, ou então é intenção clara fazerem “bluff”; assim como inconsciente é o jogador que, por força do atraso, não lavou a boca nem as mãos e foi para o jogo com um especial “smell” da caldeirada – incomoda um pouco, apenas pelo “smell”, mas não amedronta!
Aguarde pela próxima ronda de apostas desta espectacular mão de “No-Limit Nazaré hold’em autárquicas 2013”. Entretanto ficamos em suspenso para saber se o sétimo jogador vai dar “fold” ao “re-raise” do anterior, o tal das raízes profundas e do ego enorme, se vai dar “call” ou ainda fazer uma “4-bet” ou mesmo um “all-in”, e ver, também, qual vai ser a acção das “blinds”. Não perca o próximo “programa” com a continuação desta espectacular mão para 50 e tal milhões... de fichas em cash!
Exercício proposto para esta mão pré-flop: Tente fazer corresponder correctamente as 7 posições na mesa com os players aqui disponiveis: Players