No império das aves raras
Quem não tem penas é Rei
Entre pegas e araras
Os patos bravos são Lei.
A terra dos patos bravos
Parece mais um vespeiro
Andam todos à bicada
Para chegar ao poleiro.
[Refrão]
Por sobre a terra
Por sobre o mar
O Grande Irmão zela por nós
A sua sombra
É protectora
Já vem dos egrégios avós.
Na terra dos papagaios
Quem não tem poleiro é pato
Andam todos à bicada
Só para ficar no retrato.
No reino das trepadoras
O papagaio é senhor
Mesmo até sem saber ler
Qualquer papagaio é doutor.
[Refrão]
Voar mais alto que os outros
Esse era o sonho do galo
Roubar as asas ao Pégaso
E voar como um cavalo.
Mas o galo de ser galo
É ter o chão junto à barriga
Para chegar ao poleiro
Tem que usar de muita intriga.
[Refrão]
No reino dos voadores
Impera a grande anarquia
e a barata voadora
já tem lugar de chefia.
A passarada oprimida
só deseja que isto mude
Mas as aves de rapina
Cada vez têm mais saúde.
[Refrão]
As forças em parada desfilam junto à tribuna de honra, que é composta por 50 poleiros onde estão pousados os representantes das principais espécies ornitológicas, democraticamente nomeados pelo Marechal Avejão. Desfilam, neste momento, o Esquadrão Falcão e o Esquadrão Abutre, garantes da Paz, da Ordem, da Segurança e da Liberdade. À sua passagem, o Marechal Avejão ergue-se do seu poleiro e, estendendo a sua asa direita, saúda as tropas em sinal de respeito e gratidão.