A CPLP sentenciou a sua própria pena de morte. Já não era grande coisa mas não volta mais a ser o que era, tal como até aqui, perdendo toda a credibilidade, onde o peso económico se sobrepõe à condição humana e cultural. Para agravar a situação já de si caricata de tão idiota, imbecil e acéfala, aquela ditadura, a Guiné Equatorial, na sua página oficial anunciou a adesão àquela “sociedade petrolífera” – nem sei o que é que Portugal lá está a fazer – nas línguas Espanhola, Francesa e Inglesa, mas, curiosamente, não na língua Portuguesa. Se calhar é por ser contra o Acordo Ortográfico tal como os restantes membros à excepção de Portugal. Assim, Portugal vê-se cada vez mais sozinho no seu acordo com o desacordo dos outros. É só tiros nos pés. Cambada de figurantes, ignorantes e outras coisas terminadas em antes. Olhem, antes fosse, não sei bem o quê, mas antes fosse diferente toda esta trapalhada onde os Setecentos milhões de euros pagos pelo ditador da Guiné tapou a boca aos nossos governantes, que dizem agora terem sido surpreendidos com o anúncio daquela ditadura como membro efectivo da CPLP, mesmo antes de haver discussão e votação por parte dos membros de pleno direito. O incrível disto é não haver um cumprimento efectivo das normas impostas para fazer parte da comunidade, perdão, da, agora, sociedade petrolífera onde é mais que evidente que o que o senhor Teodoro Obiang quer branquear o seu regime antidemocrático sanguinário à vista do resto do mundo com a conivência dos nossos governantes e o apoio efectivo de alguns que já sofreram na pele as consequências de regimes ditatoriais sanguinários com total desprezo pelos valores humanos. Isto é inacreditável e inaceitável.