Quer se queira, quer não, quem for desempenhar um papel num organismo de gestão pública, seja por meio de eleição, seja por meio de contrato ou promoção, tem de estar preparado para algumas situações que são certas, aliás, mais que certas. É importante ter presente que, nunca se vai poder agradar a Gregos e a Troianos. Em relação ao trabalho desenvolvido, vai sempre haver criticas negativas, umas mais justas que outras, e outras, por ventura, injustas, ou melhor, completamente injustas. Criticas justas, ou de modo a influenciar o trabalho de forma positiva, essas são mais raras. A própria opinião de cada um, em alguns casos, é condicionada pela relação pessoal que têm, ou tiveram com quem toma decisões, mas, na grande maioria de nós, a análise recai sobre o trabalho desenvolvido nesses organismos, e, consideramo-lo positivo ou negativo em função da opinião pré-formatada que cada um tem a nível político, ou se o resultado do trabalho nos atingir de forma positiva ou negativa, sendo que, logicamente, uma coisa negativa para uns pode ser positiva para outros, isto de um modo particular, já que em democracia as decisões têm de ser tomadas tendo em conta a maioria, o bem público, aquilo que favorece de um modo geral a população – tudo analisado à luz da realidade e dos condicionalismos próprios da gestão da coisa pública.
Contra as más intenções – aquilo a que se costuma chamar de “bota abaixo” –, aí não há nada a fazer porque as formatações dos pensamentos são blindadas e, de certa forma, condicionadas por “estranhos factores”, mesmo que sejam atingidos individualmente de forma positiva pelo trabalho desenvolvido na gestão pública – são aqueles que nem o pescoço se dão ao trabalho de mexer e para os quais apenas interessa desacreditar o trabalho feito, bem ou mal não importa, porque na sua opinião é sempre um mau trabalho mesmo que no seu âmago, sob a fraca luz da sua muda sensatez, possam reconhecer o contrário.
Enquanto isso... os cães lá vão ladrando enquanto a caravana passa. De certa forma, isto acontece tanta vez que os cães das quintas já nascem formatados para ladrar à caravana que passa, sem saberem exactamente porquê! O que vale é que, cão que ladra não morde. Fia-te!
E, Já agora mais um ditado popular – Roma e Pavia não se fizeram num dia... ainda para mais sem recursos – que outros depositaram, desviaram ou extraviaram para parte incerta. A não ser que [esses recursos] estejam debaixo do velho e amorfo colchão da cama construída ao longo de vinte anos de desgovernação.
E para terminar só mais um ditado popular a aplicar, sabem quando? Adivinhem! – Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!