Para resolver os problemas da Associação de Alojamento Particular da Nazaré, é dito, e bem, haver apenas uma solução, ainda que radical - Acabar com a mesma.
O Verão que passou instalou-se de vez a anarquia, já de si remanescente de Verões passados, só que desta vez com mais intensidade. Aliás, sempre foi assim. Daí não vir mal ao mundo se esta acabar. Porquê alimentar estruturas associativas que nada resolvem, pelo contrário - divide associados, divide estes dos não associados não os conseguindo cativar para a organização, e, sabe-se lá porquê! Acaba-se com isto e pronto. Baralha-se e volta-se a dar novamente, sem recurso a cursos nem cursinhos que nada acrescentam a quem é obrigado a frequentá-los - nunca ouviram o ditado popular que reza assim, "Burro velho não aprende"? -, sem protocolos e regras descabidas da realidade Nazarena. E, não é com afirmações, como aquela que fez o presidente da associação [na rádio Nazaré] já para não falar na do ano passado, que vai resolver, atenuar ou desculpar as atitudes das pessoas em plena "Rua D'Avenida" [Avenida Vieira Guimarães] - "lambada de três em pipa" -, dizendo que "a oferta é superior à procura o que faz com que apareçam incidentes, o que é normal nesta altura do ano e com estas condições...!"...! E desde quando é que um incidente é uma situação normal? Quando muito, estes incidentes, são uma anormalidade que esta associação ajudou a criar.
As pessoas certas, aproveitando o pouco do bom que a experiência foi municiando ao longo destes anos, seria um razoável ponto de partida para uma nova estrutura, melhorada, mais exigente e que se baseasse numa política de qualidade, sempre, mas sempre, com tudo muito bem fiscalizado e coerente com a realidade económica e exigências físicas à vila da Nazaré.
Já agora, acabem lá com as barraquinhas [quiosques] de aluguer de habitação particular que não aquecem nem arrefecem - Quase ninguém recorre a elas, não resultam, não tiraram as chambristas das ruas, estas não gostam, também, de alugar através delas e só servem para dar lugar a meia-dúzia de postos de trabalho(!?) durante aqueles dois meses do período Estival. Assim já não tinham de passar pelo jogo do empurra por causa das verbas subsidiadas, entre a CMN e esta associação, para cobrir os vencimentos de quem ali sofre ao calor, à saturação, e ao desânimo do passar das horas intermináveis dos dias do Verão sem nada para fazer.
texto manuscrito a 28 de Julho de 2010 e editado à data da publicação.