Se me perguntassem hoje se estava arrependido de ter feito o Gargol, eu diria redondamente e com toda a certeza que NÂO. Não, não estou arrependido de o ter feito, de o ter alimentado com um rácio superior ao de qualquer outro co-autor. Afinal de contas eu sabia que iria ser assim. Aliás, foi por essa razão que o projecto esteve arrumado num bloco de notas numa velha gaveta, por mais de dois anos. Claro que é um blog colectivo, onde as pessoas que lá escrevem, apesar de não serem muitas e de o não fazerem muitas vezes, fazem-no sem pressão alguma, quando querem e quando lhes apetece ou quando têm alguma razão para tal. Não sendo um projecto individual de cada um, tenho de, e com normalidade, encarar a situação com que cada co-autor se predispõe a escrever o que quer que seja. Ninguém é obrigado a escrever aqui, ninguém é obrigado a permanecer aqui... aqui ninguém é obrigado a nada, nem sequer a estar de acordo com o que outro escreve. Haja sim bom senso, é tudo o que se pede.
Uma ocasião disseram-me que o Gargol só atrapalhava o West Side e que me veio trazer problemas acrescidos que até então não tinham aparecido. Pois, discordo completamente. Se houve problemas não fui eu que os criei. E, mesmo com esses problemas criados, se é que os houve, tentei sempre manter-me o mais imparcial possível não dando aso a situações de maior desconforto, mantendo-me à margem dessas mesmas crispações. Ter feito o Gargol não significa ter de resolver os problemas pelos outros criados. O Gargol na minha ideia é mais importante que tudo isso e di-lo várias vezes, chegando ao ponto de o escrever - O Gargol será sempre um blog onde escreverei quer com vários autores ou sozinho. Por enquanto ainda vai tendo alguns. Pode vir a ter mais, ou menos, mas desde que eu lá escreva, será sempre um blog.
Apenas o fazemos por prazer de escrever, opinar, criticar [e há vários tipos de crítica], por prazer de mexer com as novas tecnologias, por prazer de fotografar e ali expor, por prazer simples e puro de ter um blog. Nada mais. Puro prazer e o resto são cantigas.
Obrigado a ti, f0fa atribulada, pela força que sempre me deste para continuar e pelos conselhos. Sem esse empurrão, provavelmente as coisas teriam corrido de maneira diferente. Obrigado a todos os que aqui escrevem. Obrigado a todos os visitantes.