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gargolado por westnelson, em 30.05.14 às 23:15 link do gargol | favorito

O que se retirou do debate da moção de censura apresentada pelo PCP ao governo foi que, caso ainda não soubessem, o PS é bem mais importante, logo, temido pelos adversários, mais do que se julgaria ou não fosse objecto, também ele, de censura por parte do PCP e por parte da coligação que apoia o governo e ainda pelo próprio governo tendo o primeiro-ministro começado a atacá-lo mesmo antes de responder ao líder de bancada do PCP, Jerónimo de Sousa, que lhe apresentou a moção.

 

Outra coisa que já sabemos e que ficou bem definida neste debate foi que, além de ter sido mais uma guerra de surdos, o PCP é, a esta altura, um partido radical onde as propostas indicadas para inverter as políticas desastrosas deste governo ultraliberal, na prática, não são aplicáveis sob pena de cairmos de vez no isolamento económico-financeiro com todas as consequências para a nossa sociedade que daí podiam advir; já o governo e as bancadas do PSD e CDS, que o apoiam, devem viver no país das maravilhas – só lá falta a Alice -, em que está tudo bem: O desemprego a descer; a economia a crescer, e o estado social e a sua coesão não podiam estar melhores. Até parece que não houve um brutal empobrecimento da sociedade. E, é esse o grande problema – a população está a viver mal, empobrecida com este, também, radicalismo ultraliberal que mais não fez que acrescentar, ou mesmo multiplicar, as fortunas dos mais poderosos e dos grandes grupos económicos durante esta crise. A dívida pública cresceu nestes últimos três anos mais de cinquenta e dois mil milhões de euros, porque será?

Só é pena mesmo, a Alice não andar por aí com a almotolia, com um espantalho e outros seres esquisitos a cantar! 

 

Sou da opinião que os deputados do PS na hora da votação deviam ter abandonado o parlamento para não votar esta moção de censura do PCP ao Governo – que mais não foi que tentar armar uma ratoeira para o PS –, tal como fez Francisco Assis. Precisamente o contrário fez o Secretário-geral A. J. Seguro. Não concordei com o texto no geral nem com algumas das suas motivações específicas; nem votava ao lado de um governo que tem arrasado com o país. A própria moção não devia ter existido. Nitidamente um tiro ao boneco sem justificação imediata por todos os condicionalismos a que estava votada. Foi um favor que o PCP fez ao governo, que a transformou numa moção de confiança, e ao Presidente da República, que, se já não tinha vontade ou intenção de intervir, muito menos agora o fará. O PS não saiu propriamente muito bem tratado nesta fotografia, mas, tenho a certeza que houve quem tenha ficado bem pior.


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gargolado por westnelson, em 29.05.14 às 22:12 link do gargol | favorito

Se dúvidas houvesse em relação à intervenção do PR nos destinos do país – o que a acontecer não devia ter sido só pelos resultados destas últimas eleições, mas por todos os atentados que o governo tem vindo a fazer sistematicamente contra os trabalhadores e contra o estado social –, com esta crise interna pela liderança do PS, agora é que não vai intervir de certeza. Para ajudar a festa a CDU prepara-se para mais uma rajada de pólvora seca – lá por ter mais uns furitos acima do que é normal nas eleições já pensa que pode derrotar um bloco maioritário, como aquele que está instalado na bancada do hemiciclo – o qual está, ainda, dentro da validade, mas já completamente deteriorado –, através de uma moção de censura que o governo vai aproveitar para transformar, sem esforço algum, numa moção de confiança. Pólvora seca não faz moça, mas queima os pés quando a arma é disparada para baixo! 

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gargolado por westnelson, em 28.05.14 às 18:06 link do gargol | favorito

O melhor é não se realizar a “Copa do Mundo”!

Segundo um estudo realizado pelo banco de investimento Goldman Sachs intitulado "O Campeonato do Mundo e a Economia" e depois de muitas contas, equações e cálculos… económicos(!) – como se o futebol fosse apenas matemática e economia e não fosse um jogo cheio de imponderáveis –, indicou que o Brasil vai ganhar numa final Sul-Americana por três bolas a uma, precisamente contra a Argentina, selecção que derrotará a nossa nos oitavos de final por duas bolas a uma.

E pronto, é isto. Vou dedicar-me aos tremoços! No final dir-vos-ei quantos comi após a contagem das cascas!


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gargolado por westnelson, em 26.05.14 às 22:57 link do gargol | favorito

Sabendo que as motivações, ou a falta delas para não irem votar foram de várias ordens, desde o descontentamento, à ignorância, passando pela simples banalidade com que encaram uma eleição para o parlamento europeu – por não acharem que isso tenha qualquer influência na s suas vidas –, era só para dizer – aos que não foram votar - que, nos próximos cinco anos não vão ter mais voz na Europa.

Deixaram que outros se aproveitassem da vossa abstenção. Depois querem queixar-se de quê, da escolha que permitiram aos outros fazer por vós? Não os deixassem escolher sozinhos!

No caso de alguém deixar de ir votar por achar garantido que a sua força política escolhida ganha, apenas está a garantir “um voto” na abstenção e a deixar que outros façam as suas escolhas que não as suas.

Se por outro lado não se revêem de todo em nenhuma das dezasseis forças candidatas – claramente um exagero – então, o certo, na minha opinião, será sempre o voto em branco. Não, não é a mesma coisa votar em branco ou entrar na estatística da abstenção. São coisas completamente diferentes e que em massa podem levar a resultados diferentes. Aliás, bastante diferentes.

Deixar de votar, fosse qual fosse o sentido do voto, mesmo que em branco, é a mesma coisa que desistir! Não desistam!

Assim, só não ganharam a maioria dos agentes políticos nem a democracia como não ganharam aqueles que desistiram quando colectivamente, pela equipa vestida de branco, podiam ter ganho sem eleger ninguém!

 

Os resultados destas eleições para o parlamento europeu registaram algumas curiosidades. A “coligação da maioria”, como fazem questão de afirmar, não passa da coligação de um partido desacreditado, que nos levou a este estado de economia degradante e a um estado social praticamente inexistente, com outro que mais parece uma miragem. Neste momento pode-se dizer que esta coligação é formada por um único partido já que o partido de Portas está todo partido. Mas não foi o único. O Bloco de esquerda consegue ter mais gente na liderança do partido que aqueles que elegeu para o parlamento europeu, a saber: Dois para um; ou seja, está em vias de, também ele, desaparecer enquanto força elegível. E vão dois a juntar a muitos outros que mais valia ficarem quietinhos em casa a ponderar qualquer coisa de útil que não se apresentarem a eleições. Surpreendeu de certa forma a CDU que subiu uns furos e o MPT, perdão, o Dr. Marinho Pinto ou seja, Marinho Pinto Total (MPT). Qualquer partido com qualquer sigla com a campanha que o Dr. Marinho fez, obteria aquele resultado. Ele conseguiu eleger-se sozinho, não tenham dúvidas. A sigla por trás da candidatura só existiu para permitir a sua candidatura e consequente eleição, e conseguia-o fosse qual fosse a camisola que vestisse. O outro vencedor destas eleições, não há volta a dar, embora muitos queiram afirmar o contrário, foi o PS, ou não tivesse ficado em primeiro – ou houve outro que ficou em primeiro que eu desconheça?! - E só não ficou mais distanciado daquela espécie de coligação, tenho a certeza, por haver demasiados desistentes por convicção, daqueles que (não) agem por comodismo porque os descontentes, pelo menos a grande maioria, esses foram os que arrasaram com a coligaçãozita medíocre.

Nas próximas eleições legislativas dificilmente vamos ter uma maioria absoluta, a não ser que os desistentes se decidam a vestir uma camisola, porque sabemos que muitos deles continuarão simplesmente a desistir e outros lá se decidirão por algum partido, com todas as nuances coligacionais que os números permitirem. Lá que vai ser preciso uma calculadora, lá isso vai, mas gostava de me enganar. 


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