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gargolado por westnelson, em 29.04.14 às 02:39 link do gargol | favorito

Quer se queira, quer não, quem for desempenhar um papel num organismo de gestão pública, seja por meio de eleição, seja por meio de contrato ou promoção, tem de estar preparado para algumas situações que são certas, aliás, mais que certas. É importante ter presente que, nunca se vai poder agradar a Gregos e a Troianos. Em relação ao trabalho desenvolvido, vai sempre haver criticas negativas, umas mais justas que outras, e outras, por ventura, injustas, ou melhor, completamente injustas. Criticas justas, ou de modo a influenciar o trabalho de forma positiva, essas são mais raras. A própria opinião de cada um, em alguns casos, é condicionada pela relação pessoal que têm, ou tiveram com quem toma decisões, mas, na grande maioria de nós, a análise recai sobre o trabalho desenvolvido nesses organismos, e, consideramo-lo positivo ou negativo em função da opinião pré-formatada que cada um tem a nível político, ou se o resultado do trabalho nos atingir de forma positiva ou negativa, sendo que, logicamente, uma coisa negativa para uns pode ser positiva para outros, isto de um modo particular, já que em democracia as decisões têm de ser tomadas tendo em conta a maioria, o bem público, aquilo que favorece de um modo geral a população – tudo analisado à luz da realidade e dos condicionalismos próprios da gestão da coisa pública.

 

Contra as más intenções – aquilo a que se costuma chamar de “bota abaixo” –, aí não há nada a fazer porque as formatações dos pensamentos são blindadas e, de certa forma, condicionadas por “estranhos factores”, mesmo que sejam atingidos individualmente de forma positiva pelo trabalho desenvolvido na gestão pública – são aqueles que nem o pescoço se dão ao trabalho de mexer e para os quais apenas interessa desacreditar o trabalho feito, bem ou mal não importa, porque na sua opinião é sempre um mau trabalho mesmo que no seu âmago, sob a fraca luz da sua muda sensatez, possam reconhecer o contrário.

 

Enquanto isso... os cães lá vão ladrando enquanto a caravana passa. De certa forma, isto acontece tanta vez que os cães das quintas já nascem formatados para ladrar à caravana que passa, sem saberem exactamente porquê! O que vale é que, cão que ladra não morde. Fia-te!

E, Já agora mais um ditado popular – Roma e Pavia não se fizeram num dia... ainda para mais sem recursos – que outros depositaram, desviaram ou extraviaram para parte incerta. A não ser que [esses recursos] estejam debaixo do velho e amorfo colchão da cama construída ao longo de vinte anos de desgovernação.

 

E para terminar só mais um ditado popular a aplicar, sabem quando? Adivinhem! – Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!


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gargolado por westnelson, em 22.04.14 às 10:04 link do gargol | favorito

Esta semana, com mais de metade da população anestesiada pela vitória do Benfica na liga portuguesa de futebol, é uma boa altura para o Coelho, Portas e restante seita, com a protecção ao perímetro feita pela hipocrisia de Cavaco, darem mais umas facadas no estado social – O pessoal nem vai notar!
Além disso, vem aí o 25 de Abril o que deixa especial irritação a estes senhores cada vez mais parecidos à velha senhora, diz quem sabe que, em alguns aspectos, ainda são piores, mas, com o Benfas campeão já não há crise, pelo menos enquanto demorar a anestesia - Viva o Benfica!
Saudações Sportinguistas.


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gargolado por westnelson, em 15.04.14 às 23:34 link do gargol | favorito

Por estes dias já não somos indivíduos com os nomes que nos deram  e que, apesar dos esforços, tentam distinguir-nos uns dos outros por essa via. Por estes dias, por mais que se tente o contrário, o que interessa mesmo são os números que representamos – em num€rário – e para o qual nos identificam com mais números. E, aquele que mais vai importando sobre todos os outros, inclusivamente sobre o número de utente, sobre o número da segurança social ou de identificação civil, é, sem sombra de dúvida o NIF – número de identificação fiscal: o corriqueiro, número de contribuinte.

Utopia, ou não, o dia pelo qual nos vamos voltar a tornar conhecidos aos olhos uns dos outros pelos nossos nomes, há-de estar algures escondido no horizonte longínquo de uma era vindoura numa sociedade utopicamente esperada.

 

 

"Deixámos de ser cidadãos, passámos a ser números. E o grave é que não nos importamos com isso".

Sanches Osório em entrevista ao jornal i 


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gargolado por westnelson, em 08.04.14 às 19:38 link do gargol | favorito

Fazer uma discussão em torno do ordenado mínimo é urgente. Já, fazer a mesma discussão para aumentar em 15€ o mesmo, sendo que dará qualquer coisa como 8,5 cêntimos por hora (numa média de 8 horas de trabalho diárias e 176 mensais) é tudo menos uma discussão séria, e já não falo na falta de vergonha do Primeiro-ministro e sua seita, mas sim da perda de tempo e da falta de seriedade, também, por parte do Patronato e das Centrais Sindicais que o propõem. Migalhas? Esmolas? Eu gostava de os ver, a todos, receber tais quantias para ver o que faziam, ou melhor, o que não faziam. Ironias à parte, este ordenado mínimo de 485 euros que agora levanta tanta celeuma por tão pouco (!), já Sócrates, em 2011, o queria ver nos 515 euros (!), o que também não era nada por aí além, além de ser – passe a redundância –, melhorzito, pelo menos era o dobro do aumento, mas agora, numa discussão que nem sabemos se vai acontecer, com três anos de atraso e pela metade do valor que deveria ter aumentado. A isto chama-se aumentos em saldo! A ter sido concretizado, não só por Sócrates, que entretanto sairia, mas pelas promessas desta seita de enganadores, estaríamos agora a falar, ou não, num aumento para os 530 ou 540 euros, na melhor das hipóteses, o que, infelizmente, continuaria a ser bastante penalizador para os trabalhadores de um país onde os custo de vida é dos mais elevados numa comunidade económica em que somos os mais mal pagos dentro do circulo da zona euro – mas só ao nível baixo e médio, porque as “altas patentes” (termo bastante vago e abrangente) não há quem nos bata – “somos” até melhor remunerados que os outros! Quem se lixa é sempre o mexilhão que não pode fugir por estar perpetuamente agarrado à pedra!


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