Na semana em que se festeja o Santo António, assinalou-se, também, o dia 10 de Junho: Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas. Agora, mais do que nunca, faz sentido exaltarmos o dia da nação, numa altura em que estamos a ser esventrados por um desgoverno que, aparentemente, ninguém consegue sanear. Nem sequer quem o poderia fazer usando, de imediato, instrumentos legais e anuentes com a constituição – Tão opressor é o que oprime como aquele que cria condições para o acto acontecer. No dia da unidade nacional o senhor presidente da república fez um discurso bom, aliás, extremamente bom para ser debitado na inauguração do certame da Ovibeja. Enquanto isso, vamos assistindo ao occídio de uma nação por um homem... e seus comparsas. Pode um homem sozinho rebentar com a nação mais antiga da Europa, pode?
A nação Portuguesa é a única neste continente a comemorar o seu dia nacional através da cultura – quando nem sequer existe um ministério que a tutele, sendo, deste modo, atirada para a gaveta de uma secretária no canto mais paupérrimo e sombrio de um qualquer gabinete – enquanto todos os outros países o fazem tendo como pano de fundo datas históricas de grandes batalhas e independências. Se calhar estava na altura de nos amotinarmos de outra forma, de deixarmos de ser um país de costumes e gente tão branda. Não, não o desejo, mas, se isso for preciso, acho que os portugueses estão prontos para a luta. Afinal, ensinaram-nos num serviço militar, em tempos obrigatório, que, devemos defender a nossa bandeira, a pátria e a constituição da república Portuguesa, enfim, os portugueses, seja contra quem for e, neste momento, o inimigo está identificado, e, ainda por cima não tem respeitado a constituição – são o nosso pior pesadelo. Se as suas acções não nos fizessem sofrer na pele e não provocassem uma cruenta dor, até se podia dizer que, este governo, era tal e qual uma trupe ambulante desajeitada e do mais rasca que há, saída de um qualquer canto, para nos divertir – com macaquinhos amestrados e tudo.
Ainda assim, vale a pena celebrar a nação e a sua história como modo de nos enchermos de energia positiva para levar o barco a bom rumo. E, a rota que nos espera está traçada, agora mais que nunca, é a de recuperar este exânime país, mas primeiro temos de sanear a seita da desgovernação. Julgam-se os salvadores da pátria, quando na realidade são os algozes da pátria e de tudo o que a ela diz respeito: A vida condigna das pessoas, o estado social, o serviço nacional de saúde, a educação, a cultura, o trabalho, as empresas... a economia no seu todo. Como é possível a burrice poder ir tão longe.
Nós merecemos melhores timoneiros. Merecemos, também, um melhor skipper. E, já agora, não se esqueçam de pedir um desejo ao Santo António, nem que seja para fazer bom tempo, embora esse seja das competências de S. Pedro, é que a causa de todo o mal pode ser das condições meteorológicas!