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gargolado por westnelson, em 22.03.13 às 19:53 link do gargol | favorito

Porque a poesia também pode ser um documento da actualidade, um modo de intervenção, uma maneira de analisar o que nos rodeia e que é da esfera do mundo real, hoje, no Dia Mundial da Água, tendo como pano de fundo a luta travada contra um executivo camarário que teima em privatizar a exploração da distribuição das águas da Nazaré e do saneamento básico, no mínimo por trinta anos, para que outros lucrem com aquilo que é estruturalmente essencial a uma comunidade, sabe-se lá com que consequências – boas não são de certeza –, onde, provavelmente, haverá aspectos desta negociata do desconhecimento da maioria da população, que apenas beneficiará quem o faz, deixando os munícipes em maus lençóis. Isto não é defender a causa pública para o qual foram eleitos – antes pelo contrário!

Saiba mais sobre a negociata que o senhor Antunes quer, a todo o custo levar a bom porto mau porto. Bem-vindos à Nazaré.

 

Antunes e seus discípulos

a nossa água querem dar

para outros lucrarem

e nós ficarmos só a ar.

 

De hidrogénio são dois átomos,

o oxigénio é um só,

é a composição da água

a formula é H2O.

 

É disto que se trata,

tão simples como água,

é o que nos querem tirar

para ficarmos com nada.

 

A água já evapora,

o processo já está a ferver

para outros enriquecerem

e o Antunes satisfazer.

 

Por agora vou terminar...

Senhor Antunes e companhia,

não sejam hipócritas em demasia,

escrevam lá na sebentinha,

ponham tudo, tudo, no papel,

para nas autárquicas de Outubro

o povinho poder [em consciência] votar.


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