[...] 70% da população alugam pelo menos um ou dois quartos. São pessoas mais pobres que acabam por viver no Verão em más condições para garantir um rendimento no Inverno. Acabam por viver num quarto ou na cozinha e vêm à praia fazer as necessidades. Há cada vez menos situações dessas, mas existem: reformados, viúvas de homens do mar. [...]
Durante a leitura desta entrevista deu-me vontade de rir de algumas respostas que ali são dadas pelo presidente da associação de proprietários e inquilinos do alojamento particular da Nazaré, qualquer coisa como - APIAPN - será assim? Já ouviram falar? Para que serve? O que faz? Existe há cerca de 10 anos mas isso não "lhe" dá o direito, a não ser que apresente provas das afirmações que faz sobre a população da Nazaré. Onde está a estatística oficial de tais números? Que só têm 800 associados e 2500 camas, ainda vá que não vá! Agora vir dizer que 70% da população Nazarena aluga quartos, que são pessoas mais pobres e que vão fazer as necessidade à praia, a praia que ontem içou a bandeira azul, sendo uma das poucas a nível nacional que faz recolha de areia para análise, isso é um abuso e dos grandes. É como chamar porcos a uma grande maioria da população, no seu entender 70%, o que de todo não corresponde à verdade, ou será que somos assim tantos [porcos] nestas condições?! Ainda que haja gente de mais a alugar os ditos "chambres", não chega com toda a certeza áqueles números. Números errados, também em relação aos preços praticados. O senhor presidente da associação pode acreditar que os preços não são os indicados por ele. São com certeza bem mais caros. Se calhar precisa-se de fazer um trabalhinho de campo mais apurado, nomeadamente ao nível da fiscalização, e não apenas distribuir placas normalizadas para depois cobrar mais uns euritos. Para bem do turismo da Nazaré, o melhor seria nem haver esta associação, era sinal que não havia "chambres" para alugar. Mas, isso será uma situação difícil de vir a acontecer nos próximos anos. Infelizmente ainda há gente a viver deste modo, por necessidade ou por outro motivo qualquer!
Esta problemática dos chambres, com todas as contradições e decisões políticas erradas, ainda há-de fazer correr muita tinta. Ó se há-de!
Por favor, não digam mais merda aos jornais nacionais.
O tolo não sabe o que diz, e o sábio não diz o que sabe!... mas devia!