Que dizer de um país que nomeia Domingos Névoa, para a presidência do conselho de administração da “Braval”, uma empresa pública intermunicipal que trata resíduos sólidos de seis concelhos do distrito de Braga. Até aqui tudo bem. O problema é que esse indivíduo foi condenado por corrupção. Será que a cegueira e ignorância bateu de vez na democracia Portuguesa ou é, simplesmente, pura estupidez?!
Que dizer de um país que depois de tanto alarido e polémicas absolve constantemente os vários envolvidos nos diversos processos referentes ao Apito Dourado. Nuno Pinto da Costa, o árbitro Augusto Duarte e o empresário António Araújo saíram em liberdade, absolvidos dos crimes de corrupção activa e passiva pelo tribunal de Vila Nova de Gaia no âmbito do “Caso do Envelope” do processo Apito Dourado. Será que o Ministério Público não consegue fazer prova do que é óbvio. Bem, parece que afinal não é assim tão óbvio!
Que dizer de um país em que casos como o “Freeport” ou “Casa Pia” estão num impasse ou em vias de prescreverem. Bem, o melhor mesmo é nem dizer nada se não ainda sou processado por falar nestas coisas, porque o mal feito por uns não é tão grave quanto o comentário feito por terceiros sobre esses males da sociedade podre e corrupta a que pacificamente assistimos, sem nada se poder fazer, enquanto os culpados são absolvidos sistematicamente por falta de provas, por falta de competência ou por razões que nos transcendem.