Realizou-se no Sábado, no Salão Mar-Alto, na Nazaré, a sessão Nazaré Contra a Guerra, Contra a Nato. A participação de cerca de 25 pessoas assegura que não será a última iniciativa Anti-Guerra a acontecer neste concelho.
A intervenção de Helena Carvalho apela a uma noção de Ética, que, concluiu-se, é contrária à acção da NATO nos territórios onde faz a sua actividade, como no Afeganistão. Já as intervenções de Alexandre Isaac e Miguel Cardina focaram a história desta instituição militar e concretizaram sobre o novo Conceito Estratégico que será aprovado na Cimeira da NATO em Lisboa - como a capacidade de actuar em casos de explosão demográfica. Rosa Soares e Telma Ferreira dirigiram as suas preocupações para a explicitação do que é uma ferramenta capitalista que promove a desigualdade e a aniquilação de povos com o objectivo do lucro e da Guerra Infinita como fonte desse lucro.
A Sessão, considerada um sucesso, pretendia alertar e discutir a problemática da Guerra, já que Portugal participa activamente em várias Guerras, em nosso nome, apesar de nunca a Democracia Portuguesa se ter pronunciado sobre a manutenção de Portugal na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Pequena Nota: Agradecimento à Digital Impulse pelo belíssimo cartaz. Agradecendo à Direcção do Mar-Alto por ter cedido a sala, "desagradecemos" também a quem o não fez... Nomeadamente à Câmara Municipal da Nazaré que, através do seu Presidente, recusou ceder o Auditório da Biblioteca Municipal. Esta recusa, cedido que foi para outras iniciativas, estando disponível e em horário de funcionamento, é completamente injustificável e discriminatório. Esta atitude demonstra a incapacidade deste executivo em conviver com outras opiniões e posições políticas. Demonstra também a apropriação que é feita de bens públicos (como este equipamento) geridos como quintal privado. Também a Confraria de N. S. da Nazaré recusou ceder o Teatro Chaby Pinheiro por uma eventual incapacidade em reabrir o espaço depois de, alegadamente, uma inspecção da DGAC ter encerrado o edifício por motivos de segurança. É preocupante que uma sala de Teatro centenária como aquela esteja fechada e se torne inútil num concelho onde a cultura escasseia.
Pela Organização,
Nazaré Contra a Guerra / Contra a NATO
Fábio Salgado
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Como um assistente atento ao que se passou na tarde de Sábado no Mar-Alto, constatei que a população Nazarena normalmente é acomodada e não quer ou não liga a iniciativas deste género, mesmo que divulgada na rádio em diversos sites, blogues, redes sociais e imprensa. O Fábio diz que estiveram cerca de 25 pessoas, eu com boa vontade digo que esteve um número abaixo das 20, talvez umas 15 pessoas. Agora se fosse uma matiné com marchas de Carnaval...! E não é que o Hugo Pilo estava lá, só faltava o resto da banda do Dr. Balhar!