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gargolado por westnelson, em 14.02.13 às 02:38 link do gargol | favorito

Este Carnaval do Casino

ficou bem documentado

com tanta imagem gravada

podem fazer um canal pago!

 

À TVcabo escusa de aderir

tem filmagens para um ano inteiro,

o “nosso” filmador de estimação

filmava gato e cão!

 

Horas infinitas na cadeira

a filmar o que se passava

da sala de "balhe" ao palco

ninguém escapava!

 

Criou calo no cu

e por fim lá se levantou,

foi até meio da sala

e de máquina em riste, no ar,

de repente já estava no palco,

parecia o Batalha a filmar.

 

Muito pouco para encher a gravação,

“prós” dvd’s vão ter de inventar

neste Carnaval sem explicação,

deverão recorrer, então

àquele histórico arquivo,

do “nosso” filmador de estimação!

 

 

Em boa hora fiz do Casino este Carnaval a minha sala de "balhe", no entanto, na quarta-feira de cinzas não pude ir por já me encontrar a trabalhar não sendo muito compatível conjugar aqueles horários. Assim, decidi fazer aqui no Gargol aquilo que faria se lá estivesse - escrever umas deixas - para aquela pequena representação a que se chama o enterro do bacalhau - pelo menos era assim que se chamava quando era feito no Mar-Alto, quando este "balhe" ainda fazia o "balhe" da quarta-feira de cinzas. Para quem esteve no casino, provavelmente, irá conseguir perceber tudo o que aqui é dito em redor de uma personagem que filmou horas a fio aquilo que em pleno quadrado se passava, fosse com a banda ou com o DJ, entre outras situações. Aquilo visto do bar do casino ou logo ali ao cimo das escadas de acesso à imperial e às bifanas do lado da entrada, era um papelinho pegado. Não sei é onde é que o homem tinha tanta autonomia no aparelho. Se calhar tinha mais que uma bateria, a máquina e ele!


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gargolado por westnelson, em 31.01.13 às 04:16 link do gargol | favorito

«A c’missão de Carnaval ‘tá desguestosa.»
[Todes em voz alta:] «– Q’al comissão, catane?»
«Se sóbessem qu'o MácNàmára voltasse a tempe d’ir nos Bcicletas, ao balhe de másc’ras do Casine, ao San Brás e ao Carnaval, na vez do Alex, tinhem esc’lhidi-o pa Rê do Entrude – É à Mar-Alte! Bummmba! – É qu’táva previste só vir p’ás festas, a tempe da campanha!»


«Sabe-se de fonte segura – foi arranjada a s’mana passada com cimente, cal e arêa do p’nhal, mas a áuga ainda na foi aberta! – qu’era esse o deseje e a primêra escolha das entidades da rua d’Avenida pó rêzinhe!»

 

«E agora, só pa terminar as netiças do Carnaval, segunde... e tercêres, a mesma fontinha, segura mas s’quinha, o telesférico foi o transporte esc’lhide pús Rês do Entrude deste ane!»


«Texte escrite ao abrigue do acorde urtográfique entre a Praia, o Sít e a Padarnêra.»

p.s. Se não conseguiu decifrar algumas das palavras utilizadas no texto acima escrito, por favor, faça o download do respectivo dicionário online para o seu browser. Obrigado.


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gargolado por westnelson, em 26.01.13 às 03:26 link do gargol | favorito

O blog Gargol e o Vai Ó Mar Tonhe não têm a pretensão de ter uma marcha de Carnaval, contudo, se a tivessem essa seria na certeza alguma coisa com o sentido que esta espécie de letra pretende transmitir.



“Em 2013 sai tode tese!”

Gargol / Vai Ó Mar Tonhe!

 

 

Na’é d’agora na’senhora

Pà história vai entrar

Qu’até o querem eternizar

Numa estátua à ‘nha porta

P’ra mais tarde [me lembrar] [recordar]

 

2013 sai tode tese

Ao mar vai s’atirar

Numa onda de mar perdida

Daquela velha barca

De esguelha, toda partida

 

Vem a onda, vem a onda

Num mar malvado, à Pinoca

Perigoso quanto baste

P’ra dar nome à terra

E fama a quem se encoste

 

A barca velha vai de esguelha

Mete água em desmasia

Na’navega, adorna, s’lavanca

E o arrais grita ao povo

Num murmúrio obstinado

p’ra reparar

privatizar, vender e dar!


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gargolado por westnelson, em 03.01.13 às 02:35 link do gargol | favorito

Mote para o Carnaval da Nazaré 2013: "Ai q'inganes cmò Tó-Tó"


Conhecido por Tó-Tó. o António Traquinhas Garcia, certa vez, depois de ter sido aceite para trabalhar num barco, adoeceu. Esteve uns dias de cama, na casa onde morava (Rua Nova da Areia, 21), mas, quando recuperou, o dono do barco já não lhe quis dar trabalho. Desolado, o Tó-Tó queixou-se pelas ruas da praia em como tinha sido enganado. Ai t'indanes! foi a frase que ele repetiu várias vezes durante as queixas. Se ele não tem tido dificuldades em pronunciar certas palavras , ele teria dito antes Ai que enganos! Mas, claro, foi precisamente o humor que há na expressão Ai t'indanes! que não escapou aos ouvidos do povo.
Usa-se a frase Ai q'inganes cmò tó tó para indicar que alguém voltou ou vai voltar atrás na palavra.
O Tó-Tó faleceu na Nazaré, no dia 5 de Fevereiro de 1935.
(in Expressões da Nazaré de Armando Sales Macatrão, 2ª edição, pág. 79)

 

Não sei quem foi o iluminado que escolheu esta expressão como mote para o Carnaval da Nazaré 2013, mas, uma coisa é certa: A expressão cai que nem ginjas no último ano do mandato do arrais da barca velha que, lá vai navegando de esguelha e, a meter água por todos os lados. Afinal, andamos há pelo menos uma dúzia de anos, para não dizer há vinte, à espera da concretização das promessas - renovadas a cada 4 anos - para a nossa Nazaré, o dinheiro foi-se - para onde, não se sabe ao certo - e a obra vimo-la por um canudo! É caso para dizermos uma outra expressão tão querida à nossa "Nazarenidade": É obra! (pág.183 do mesmo livro)