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gargolado por westnelson, em 25.06.14 às 03:25 link do gargol | favorito

Há uma coisa que o Presidente da República e especialmente o governo se esquecem quando querem mostrar o quanto os portugueses estão de parabéns pelo esforço feito nestes últimos anos com a colaboração dos cortes feitos no seu rendimento, assim como quando atingidos no estado social pelos cortes governamentais, para já não falar da alienação do património que a todos, quer directa, quer indirectamente, atingem – ainda por provar se efectivamente tudo isso deu um resultado positivo para o país, o que, naturalmente, duvido* -, e quando apelam ao consenso dos partidos políticos, tomando por exemplo esse mesmo esforço feito por todos. Esquecem-se, que, o povo foi obrigado, foi chamado a colaborar mas não de vontade própria. Fomos “voluntários à força” para colaborar com uma larga fatia dos ganhos do nosso trabalho – sem esquecer os cortes nas pensões dos reformados – e com a forçada abdicação das regalias ganhas luta atrás de luta após Abril de 74 para pagar aquilo que não devíamos pagar, simplesmente porque não colaboramos como actores nos crimes que grupos económicos e financeiros [e outros grupos, ou melhor, gangs] e individualidades – à descarada e impunemente –, ajudaram a engrossar. Fomos meros figurantes apanhados no meio da rambóia enquanto eles comiam e fodiam tudo como se de um gang bang tântrico se tratasse! Fomos, e continuamos a ser, aquilo que em termos militares diz-se ser “carne para canhão”, isto para não utilizar mais termos da sétima arte em pelota!

 

Além de tudo, esse louvor ao povo soa demasiado a falso para se poder acreditar sinceramente nessas palavras que o vento gerado no ciclone centro europeu as deixa por cá cair – felizmente em saco roto porque não somos parvos, embora às vezes o possamos parecer sendo que a coisa se situa mais na impotêncialidade perante tais ataques; Mas, antes parecê-lo que sê-lo – o que eles realmente querem dizer é qualquer coisa como: “Paguem e não bufem, seus otários!”

 

*Sentimento mantido até prova em contrário pela maioria dos portugueses.

 


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